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Política

Israel vai deportar militantes de flotilha interceptada

A embarcação com Greta Thunberg e uma deputada do PT foi paralisada pelas forças de segurança na quarta-feira 1º

Por | Publicado em: 02/10/2025 20:36:21 | Fonte: Revista Oeste

Israel vai deportar militantes de flotilha interceptada
A embarcação Global Sumud | Foto: Reprodução/Rede sociais

Os ativistas da Flotilha Global Sumud, interceptados ao tentar romper o bloqueio à Faixa de Gaza, serão deportados para países europeus, anunciou o governo de Israel nesta quinta-feira, 2. Entre eles estão a sueca Greta Thunberg e a deputada federal Luizianne Lins (PT)

A flotilha, que partiu de Barcelona em 31 de agosto, reuniu 45 embarcações e ativistas de mais de 45 países. Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, todos foram levados “com segurança” ao país, onde passam por “procedimentos de deportação”. Nenhum barco conseguiu furar o bloqueio; apenas uma embarcação segue afastada.

Uma das flotilhas enviadas para Gaza | Foto: REUTERS/Nacho Doce

O episódio intensificou a pressão internacional sobre Israel. Governos de Irlanda, França, Espanha, Itália, Tunísia e Alemanha protestaram contra a operação, assim como o Brasil, que divulgou nota em que condena a ação militar israelense e cobra segurança aos detidos. Além de Luizianne, entre os brasileiros estão o militante Thiago Ávila, a vereadora Mariana Conti (Psol), o sindicalista Magno Costa e a presidente do Psol-RS, Gabi Tolotti.

Israel havia proposto que os barcos atracassem em Ashdod para que a carga fosse enviada a Gaza por rotas alternativas, mas os organizadores recusaram. As embarcações levavam alimentos, medicamentos, próteses e fórmulas infantis.

A flotilha já havia sido alvo de interceptações em maio e junho. Em uma delas, Ávila ficou preso por cinco dias em solitária antes de ser expulso depois de intervenção do Itamaraty. Na ocasião, Israel ironizou os ativistas chamando-os de “iate das selfies”.

Flotilha interceptada por Israel é financiada pelo Hamas

Na terça-feira 30, Israel divulgou documentos que ligam o grupo terrorista Hamas à condução e ao financiamento da flotilha. Entre os materiais está um texto de 2021 assinado por Ismail Haniyeh, ex-chefe político do Hamas, que confirma o apoio formal à Conferência Palestina para Palestinos no Exterior (PCPA).

O Estado judeu afirma que o grupo, criado em 2018, funciona como fachada para atividades da organização. Segundo Israel, o PCPA atua como representação internacional do Hamas e organiza manifestações no exterior. O governo declarou a entidade terrorista em 2021.

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